Cataratas do Iguaçu - dicas e roteiro
- Marcia Diniz
- 25 de set. de 2019
- 5 min de leitura
Atualizado: 24 de mai. de 2024

A chegada em Foz do Iguaçu no início da tarde de sábado, 14/09/19, foi tranquila, o preço do táxi do aeroporto até o hotel foi salgado - R$ 55,00. Ficamos no Hotel Flor Foz do Iguaçu – Av. Jorge Schimmelpfeng, 597 – bem localizado no centro da cidade, cama confortável e café da manhã e atendimento muito bons. Encontramos bons restaurantes, supermercado e ponto de ônibus bem pertinho. Os hotéis da avenida das Cataratas são melhores e modernos, mas são afastados do centro da cidade. Nos sentíamos muito cansados e resolvemos almoçar próximo ao hotel e depois descansar um pouco. Os passeios começariam no dia seguinte.
Nesta viagem escolhemos levar na mochila: água, lanche, capa da chuva, roupas extras, toalha, repelente e protetor solar. Tudo foi muito útil.
No domingo acordamos tarde e, depois do café da manhã no hotel, fomos esperar o ônibus 120 no ponto em frente ao hotel. Foi R$ 3,75 por pessoa. Levamos uns 40 minutos até o Parque Nacional do Iguaçu. No caminho, o ônibus passou no aeroporto. Lamentamos termos tomado o táxi quando chegamos e planejamos ir de ônibus na volta para casa. Os ingressos para as Cataratas do Iguaçu custaram R$ 41,00 e R$ 11,00. A entrada no Parque das Aves foi R$ 45,00 e R$ 22,00.
Na entrada do parque enfrentamos fila gigante para tomar o ônibus que vai até o início da trilha. Na volta também teve fila. Demoramos mais de 03 horas até estamos de volta à entrada do parque. A vista das cataratas do Iguaçu é inesquecível e precisamos usar a capa de chuva para não nos molhar com a garoa próximo das quedas d’agua.
Já eram 14:00 e fazia muito calor. Decidimos tomar uma cerveja e comer uma empanada num quiosque na entrada do parque e ir caminhando até o Parque das Aves, onde entramos as 15:00 e ficamos até as 17:00.
Depois de tantas belezas vistas nos viveiros e jardins do parque, nos sentamos para observar as crianças brincando num espelho d'água e os pais tentando vencer a insistência de outras que também queriam entrar na brincadeira.

O dia foi cansativo, mas valeu a pena. As quedas d'água não estavam volumosas devido à estiagem, mas lindas como sempre. À noite, fomos jantar um espaguete à carbonara no restaurante Vó Bertila, próximo ao hotel. Estava muito saboroso, recomendamos. Lamentamos ter ido visitar o parque no domingo devido ao grande fluxo de visitantes, deveríamos ter programado a viagem para as visitas acontecerem em dias uteis.
Na segunda feira fomos ao Parque Nacional del Iguazú ver as Cataratas do lado Argentino. Compramos 1.000 pesos argentinos à taxa de R$ 0,09 numa casa de câmbio ao lado do hotel para pagar o ônibus e água. Na Argentina, preferimos comprar souvenires e ingressos com cartão de crédito, apesar do IOF, a taxa de câmbio de R$ 0,075 no cartão compensou. Todas as despesas na Argentina podem ser pagas em real ou dólares, o problema é que na conversão dos preços cada um utiliza a taxa de câmbio que lhe convêm e o troco será sempre em pesos argentinos.
O ônibus da linha internacional também para no ponto próximo ao Hotel Flor e leva até o terminal de onde parte o “Bus as Cataratas”. A passagem é paga em reais ao motorista (R$5 por pessoa) . Tem um ponto de baldeação para o ônibus da empresa Rio Uruguay logo na entrada de Puerto Iguazú mas optamos por pegar o ônibus no terminal para viajarmos sentados. Na ida, a passagem foi paga ao motorista - $130 pesos por pessoa e na volta, compramos os bilhetes no quiosque da empresa antes de embarcar - $150 pesos por pessoa. Para nascidos no Mercosul, o ingresso ao Parque custa $640,00 pesos por pessoa, com apresentação do passaporte ou documento de identidade dentro do prazo de validade.
Pegamos o mapa no Centro de Visitantes antes de começar a visita. As principais trilhas do parque são o Circuito Inferior (1.700 metros), o Circuito Superior (1.750 metros) e a Garganta do Diabo (2.200 metros ida e volta), sendo aconselhado visita-los nesta ordem.
Já dentro do trem que leva até a estação Cataratas, ponto de interligação das 03 trilhas, com os termômetros marcando 37 graus e considerando que já era quase meio dia, decidimos seguir direto para a estação Garganta do Diabo. Seguimos uma trilha em estrutura metálica, suspensa sob o rio, curta e fácil - 1.100 metros na ida e outros 1.100 na volta).

Chegamos bem perto da queda mais volumosa de todo o parque. A visão é espetacular, similar a um gigantesco funil que engole todo o rio que corre na parte mais alta e deságua em outro rio na parte baixa. Já passava das 16:00 quando retornamos à estação Cataratas, onde se acessa as trilhas dos circuitos inferior e superior. Desistimos de conhecer as outras trilhas e no dia seguinte já tínhamos os ingressos para visita à Itaipu comprados. Ideal teria sido se tivéssemos chegado às 8:00 da manha, hora de abertura do Parque.
Para continuar a visita no dia seguinte, o parque oferece um desconto 50% no valor do ingresso. Além dos três circuitos, existe o Sendero Macuco com 7 km (ida e volta) ideal para quem aprecia caminhadas na mata com vegetação exuberante e muitos animais silvestres. Dependendo das condições do rio, os amantes de esportes mais radicais podem visitar a Ilha de San Martin, saindo em lancha desde o circuito inferior e na ilha, vencer uma trilha com 700 metros nível difícil. Informações detalhadas no centro de visitantes.
Na terça feira saímos às 9:00 do hotel. Tínhamos visita agendada em Itaipu para as 10:40. Fomos de ônibus até o centro de visitantes da hidrelétrica. Existem duas opções de passeio: panorâmico e completo. Optamos pelo completo porque queríamos ver o interior das instalações - R$ 128,00 e R$ 64,00 . Vimos até uma turbina funcionando. E parque de produção é gigantesco. A altura equivale a de um edifício de 26 andares. Corredores desertos e incrivelmente limpos. Perguntei ao guia quantos funcionários havia na área de produção e ele respondeu haver apenas a equipe de manutenção com aproximadamente 800 pessoas.
As comportas estavam todas fechadas e a vegetação ao redor ostentando as cores do outono a espera das chuvas da primavera.

A volta para casa poderia ter sido programada para depois da visita a Itaipu, mas somos avessos ao estresse da correria para não perder o horário do voo. Retornamos ao hotel e a noite fomos jantar no restaurante italiano. No dia seguinte dormimos até tarde e retornamos para casa no voo das 13:45 com conexão em SP.
Pareceu-nos ter ficado muito tempo fora. A diversidade das atividades em apenas 3 dias imprimiu muitas novidades em nosso cérebro. Acho que é este o segredo do tempo. Não percebemos o tempo passar quando envolvidos em tarefas e itinerários rotineiros. Acho que o cérebro não registra informações repetidas. Prova disto é quando chegamos em casa depois de um dia na rotina de ir e voltar ao trabalho passando pelo mesmo caminho não guardamos lembranças do que vimos.
Muitos filósofos, sociólogos e psicólogos já se debruçaram sobre este tema. Já em 1890, o psicólogo William James concluiu em seus estudos que “à medida que envelhecemos o tempo parece acelerar porque a idade adulta é acompanhada por cada vez menos eventos memoráveis”.
As memorias de quando éramos jovens, cercados de eventos “primeiros” (primeiro beijo, primeiro dia da escola, tarde com os amigos, primeiras férias, primeiro relacionamento, primeira festa, primeira bebedeira, entrada na faculdade, etc) nos levam a pensar que o tempo demorava muito mais a passar.
Sendo assim, para desacelerar o tempo quando atingimos a idade madura, precisamos viver novas experiências, conhecer novos lugares, aproveitar bem nossos dias.
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